A acessibilidade na web (a11y) é uma questão importante, mas muitas vezes negligenciada. Embora há anos eu tenha assistido a palestras sobre este tema, foi apenas quando a legislação alemã sobre acessibilidade passou a exigir conformidade para sites B2C que mergulhei de verdade no assunto.

O verdadeiro marco foi quando comecei a usar um leitor de tela (SR) pessoalmente. Isso me ajudou a entender tópicos práticos de acessibilidade, como gerenciamento de foco e navegação por teclado. Incorporar o uso de SRs no meu fluxo de trabalho de desenvolvimento ajudou a melhorar a acessibilidade geral dos projetos ao longo do tempo.

O que define uma boa acessibilidade?

Todos os usuários se beneficiam de um bom design de acessibilidade, como exemplificado pelo efeito de corte de meio-fio. O WCAG fornece o padrão internacional para acessibilidade na web, organizado em torno de quatro princípios: Perceptível, Operável, Compreensível e Robusto.

O que você aprenderá neste artigo

O maior aprendizado? A acessibilidade funciona melhor quando incorporada desde o início, não adicionada posteriormente. Este artigo compartilha o que aprendi sobre a construção de sites acessíveis: desde a mudança de mentalidade de design até estratégias para integrar a acessibilidade no fluxo de trabalho de desenvolvimento.

Componentes de design têm mais dimensões do que se espera

Todo componente de interface deve funcionar em múltiplos modos de interação, considerando usuários visuais, de teclado, SR e de toque. Isso adiciona uma camada de complexidade ao desenvolvimento, mas é uma vitória para todos os tipos de usuários.

Gestão de foco e navegação por teclado não são extras opcionais

Todo componente interativo precisa de navegação por teclado e gestão de foco desde o início. A ordem de foco deve preservar o significado e a operabilidade.

A navegação por teclado de usuários visuais não é a mesma que a de leitores de tela

É importante entender que você tem dois tipos de usuários de teclado: usuários de teclado visuais e usuários de SR. A ordem de foco deve servir a ambos os grupos, garantindo que a sequência de tabulação siga o fluxo visual.

Testes de usabilidade com usuários deficientes são insubstituíveis

Usuários com deficiências revelam lacunas que nenhuma ferramenta automatizada de acessibilidade detecta. Observar sessões de teste mostra a diferença entre conformidade técnica e usabilidade real.

Para desenvolver produtos acessíveis, é crucial que todos na equipe entendam seu papel, desde designers até desenvolvedores e criadores de conteúdo.