1. Pequenos Encantos: Lembre-se das Surpresas

Surpresas pequenas, como um Doodle do Google, não mudam o produto, mas deixam uma impressão. No entanto, encantos só funcionam se a experiência principal já for boa.

Como Usar Isso?

1. Acertar o básico primeiro: garanta que a experiência principal seja sólida antes de adicionar encantos.
2. Contextualize: surpresas devem parecer naturais, como uma barra de progresso que celebra a conclusão.
3. Use com moderação: evite exagerar nos encantos, reservando-os para momentos-chave.
4. Evolua com o tempo: o que encanta hoje pode ser esperado amanhã; renove para manter o impacto.

2. Gatilhos Internos: Criando Hábitos

Inicialmente, aplicativos usam gatilhos externos, mas o ideal é quando os usuários já não precisam deles. O produto deve se conectar a emoções e situações diárias, tornando o uso automático.

Como Usar Isso?

1. Mapeie os gatilhos reais: observe quando usuários naturalmente buscam seu produto.
2. Faça valer a pena o primeiro gatilho externo: certifique-se de que a recompensa seja imediata.
3. Construa a ponte de externo para interno: ajude o usuário a internalizar um ciclo.
4. Seja criterioso sobre quando não acionar: não envie lembretes sem necessidade real.
5. Verifique a ética do ciclo: garanta que seus gatilhos desenvolvam hábitos positivos.

3. Efeito de Consenso Falso: Suposições Equivocadas

Assumimos que outros pensam como nós. No design, isso leva a criar para si mesmo, não para o usuário.

Como Evitar Isso?

1. Comece com pesquisa de usuário real: não assuma nada sem dados.
2. Valide as suposições: testes e protótipos revelam o que realmente funciona.
3. Obtenha feedback de um grupo diverso: teste com usuários de diferentes contextos.
4. Observe o comportamento, não palavras: o que os usuários fazem importa mais do que o que dizem.

4. Lei de Tesler: Complexidade Inerente

Cada produto tem complexidade. A Lei de Tesler sugere que simplificar demais pode transferir essa complexidade para o usuário.

Como Usar Isso?

1. Não confunda menos cliques com menos complexidade: foque no esforço cognitivo.
2. Desenhe padrões inteligentes: reduza a memória e a entrada manual do usuário.
3. Use divulgação progressiva: revele detalhes apenas quando necessário.
4. Desenhe para diferentes níveis de expertise: novos usuários querem simplicidade, especialistas querem controle.

5. Efeito Hawthorne: Comportamento Alterado

As pessoas se comportam de forma diferente quando sabem que estão sendo observadas. Isso pode afetar testes de usabilidade.

Como Usar Isso?

1. Crie conforto, não pressão: lembre os participantes que não há respostas certas ou erradas.
2. Teste em seu ambiente natural: se possível, permita que usem o produto sem supervisão direta.
3. Não influencie o comportamento: evite dicas que possam alterar o comportamento do usuário.
4. Observe o não dito: linguagem corporal como caretas ou pausas revelam mais do que palavras.
5. Realize múltiplos testes: um único teste pode ser distorcido pelo efeito Hawthorne.

Ferramentas como Hotjar oferecem soluções para observar o comportamento dos usuários remotamente.

Esses são alguns dos muitos princípios da psicologia usados no design de produtos. O importante é observar os trade-offs que eles revelam: simplicidade vs. complexidade, liberdade vs. sobrecarga, observação vs. comportamento natural.