A cada poucos meses, alguém escreve a mesma manchete cansativa: “Design está morto”, “UX acabou”, “IA matou a criatividade”. Essas afirmações apenas mostram uma falta de compreensão sobre o que realmente é design. Design não está morto. Seu entendimento sobre ele pode estar.

Você nunca entendeu o que é design

Muitos acreditam que design é apenas decoração ou estética. Porém, design é sobre funcionamento, fluxo, interação e decisões. É sobre hierarquia, acessibilidade e pesquisa de usabilidade. Infelizmente, muitas vezes, designers precisam justificar suas decisões para pessoas sem formação em design, que ignoram práticas recomendadas e dizem coisas como “Eu não gosto” ou “Eu faria diferente”.

Designers são frequentemente vistos como meros decoradores, quando na verdade são solucionadores de problemas estratégicos. O que muitas vezes ocorre é que o produto final não reflete o que os designers realmente criaram devido a compromissos e alterações.

Designers também têm sua parcela de culpa

Designers, em alguns momentos, acreditaram no próprio exagero sobre suas capacidades, pensando que poderiam mudar o mundo sozinhos. Isso criou condições para a reação negativa contra o design. A falta de estrutura no início, a entrada de profissionais de diferentes áreas e a crença de que o design thinking salvaria o dia contribuíram para isso.

À medida que buscavam maior influência, muitos designers estavam despreparados para lidar com as responsabilidades, o que gerou desconfiança e resistência.

IA não está matando o design

A ideia de que a IA substituirá os designers é um equívoco. A IA é uma ferramenta que pode agilizar processos, mas não substitui o entendimento dos usuários ou a colaboração essencial no design. Designers que sabem usar a IA de forma eficaz podem se destacar ainda mais.

Design não está morto. Está amadurecendo

O design está passando por um processo de maturidade, onde o trabalho real e estratégico é focado na solução de problemas e na colaboração. Este é um momento de crescimento, não de extinção. Portanto, pare de escrever obituários e comece a entender o real valor do design.

O artigo apareceu originalmente no Medium.

Imagem em destaque cortesia de Nate Schloesser.