Fontes finas: um pesadelo de usabilidade
Fontes finas são elegantes, mas prejudicam a usabilidade. Designers estão optando por tipografias mais legíveis.

Fontes finas são como aquele sofá minimalista que parece incrível em fotos, mas é terrível de usar. Por anos, designers as trataram como símbolo de elegância e sofisticação. Contudo, fontes finas são um desastre de usabilidade e acessibilidade.
Elas cansam os olhos, desaparecem em certas telas e alienam usuários sem visão perfeita. Felizmente, alguns designers estão mudando de ideia.
Sites estão abandonando tipografias ultrafinas por fontes mais legíveis. A Apple, por exemplo, usou fontes superfinas no iOS 7, mas recuou devido a reclamações. O Google também trocou a Roboto Thin por tipografias mais claras.
Mesmo marcas de moda, antes adeptas da estética ultrafina, estão optando por legibilidade.
A Estética vs. a Função
Tendências de design são estranhas. A obsessão por fontes finas cresceu com o minimalismo. Espaços brancos e textos quase invisíveis tornaram-se o padrão de modernidade.

Mas a realidade—iluminação ruim, telas menores, visão envelhecida—torna fontes finas um pesadelo.
Não é apenas estética. Fontes finas eram simbólicas de status. Não foram projetadas para usabilidade, mas para exclusividade.
O Desastre da Acessibilidade
Foi uma barreira para milhões de usuários. Pessoas com baixa visão ou diferenças cognitivas tiveram dificuldades. Muitas fontes não passaram em testes básicos de contraste.
Legalmente, isso é uma bomba-relógio. Sites nos EUA e Europa foram processados por não atender padrões de acessibilidade, e a tipografia tem parte nisso.
Não é só para deficientes. Usuários comuns não querem forçar a visão para ler sua barra de navegação. Se precisarem apertar os olhos, eles desistem. Isso é perda de engajamento e clientes.
A Experiência Móvel é Pior
Se fontes finas são ruins em desktops, são catastróficas em dispositivos móveis. Telas pequenas tornam fontes fracas ainda mais difíceis de ler.
Não é surpresa que até empresas como Google mudaram de ideia. Iterações do Material Design avançaram para tipografias mais legíveis.
A Morte das Fontes Finas
Felizmente, estamos vendo uma mudança. Grandes empresas de tecnologia—Apple, Google, Microsoft—estão espessando suas fontes. A indústria percebe que usabilidade importa mais que aparência.
O Spotify, por exemplo, trocou textos finos por fontes mais pesadas e contrastantes. O Instagram também ajustou sua tipografia para torná-la mais legível.
Marcas de luxo também estão percebendo. Algumas varejistas de moda trocaram suas fontes finas por algo mais legível.
O Que os Designers Devem Fazer
Se você ainda usa fontes finas, está projetando para o passado. A tendência está morrendo. Usuários não querem lutar para ler seu conteúdo.
Primeiro, pare de usar fontes finas. Apenas porque uma fonte parece boa em um mockup estático não significa que funciona no uso real.
Segundo, teste sua tipografia em diferentes condições. Se não puder lê-la facilmente, seus usuários também não poderão.
Terceiro, abrace o contraste. Texto cinza claro em um fundo branco pode parecer moderno, mas é um desastre de usabilidade.
Por fim, resista a decisões ruins de clientes. Se um cliente insiste em uma fonte ultrafina, mostre a ele os dados. Se ainda assim quiserem sabotar seu próprio site, pelo menos você tentou.
Considerações Finais: Vamos Seguir em Frente
Fontes finas foram um erro. Agora, enquanto mais marcas adotam tipografias focadas na usabilidade, é hora de deixar o passado para trás.
Um bom design não é apenas sobre aparência—é sobre funcionalidade. A melhor tipografia não apenas sussurra—ela fala, alto e claro.
Então, designers: pare de fazer os usuários sofrerem. Faça suas fontes legíveis. Faça seu texto acessível. E por favor, vamos deixar as fontes finas no passado.