Infraestrutura multi-região com AWS: Guia Completo
Aprenda a criar uma aplicação web multi-região com AWS, usando S3, CloudFront, Route 53, Lambda e API Gateway.

O mundo nunca foi tão distribuído — fisicamente ou virtualmente. Graças à internet, empresas podem alcançar usuários globalmente. Para isso, a infraestrutura deve escalar adequadamente. Configurações multi-região ajudam a reduzir latência e aumentar a confiabilidade ao distribuir recursos mais próximos dos usuários.
Neste artigo, você aprenderá a configurar uma aplicação web multi-região usando AWS. Vamos demonstrar como implantar um frontend e uma pequena API REST backend distribuída entre os EUA e a Europa.
Você servirá o aplicativo através de dois subdomínios: us.mysuperwebsite.com
para usuários nas Américas e eu.mysuperwebsite.com
para usuários europeus. Usaremos us-east-1
e eu-central-1
como nossas regiões da AWS.
Parte 1: Hospedando seu site com S3
Para começar, seu código frontend precisa ser compilado, construído e armazenado em um servidor. Na AWS, o melhor serviço para armazenar arquivos estáticos é o S3. O AWS Simple Storage Service, ou S3, é um serviço de hospedagem para objetos e arquivos. Ele usa o conceito de buckets, um contêiner para seus objetos, para armazenar seu site. Dentro do seu bucket, você pode colocar todos os seus arquivos HTML, CSS e JS compilados.
Em uma infraestrutura multi-região, você precisará de dois buckets para armazenar sua aplicação. Infelizmente, buckets S3 não são recursos globais, então você precisa de um bucket para us-east-1 e outro para eu-central-1.
Parte 2: Servindo frontend com CloudFront e Route 53
Para tornar seu frontend acessível ao público, use o CloudFront, o serviço CDN da AWS. Ele armazena em cache o conteúdo e melhora os tempos de carregamento.
Para suportar uma infraestrutura multi-região, são necessárias distribuições CloudFront separadas em cada região apontando para o bucket S3 correto.
Finalmente, você configura sua configuração de DNS para cada URL apontar para a distribuição CloudFront correta com o Route 53. Este serviço fornece DNS, registro de nome de domínio e mais.
Para suportar nossa infraestrutura multi-região, você usará uma política de roteamento chamada geolocalização. Esta política permite rotear o tráfego para os recursos corretos com base na origem de suas consultas DNS.
Parte 3: Criando Lambdas multi-região
Para seu backend, use AWS Lambda com API Gateway.
As funções Lambda permitem executar código sem gerenciar servidores. Concretamente, quando seu frontend faz uma chamada para seu backend, ou seja, através de sua API, uma Lambda será iniciada para executar o código dentro da função.
As Lambdas são ótimas para aplicações web, desde que sua função não demore mais de 15 minutos. As Lambdas são recursos específicos de região e devem ser duplicadas para suportar uma arquitetura multi-região.
Parte 4: Criando um API Gateway multi-região
Finalmente, para tornar sua lambda acessível à internet, você precisará de um API Gateway. Este serviço AWS permite criar uma API REST com endpoints chamáveis através de uma solicitação HTTP. O API Gateway também é específico de região, o que significa que você terá URLs diferentes e, mais especificamente, chaves da API.
Crie um API Gateway dando-lhe um nome. Após isso, você pode criar endpoints de API chamados recursos dentro do seu gateway.
Parte 5: (Opcional) Automatizando a implantação da sua infraestrutura com Cloud Development Kit
Neste artigo, cada passo foi feito manualmente. No entanto, a AWS desenvolveu um framework de desenvolvimento chamado Cloud Development Kit, ou CDK. Este framework permite criar e gerenciar recursos na nuvem através de código.
Conclusão
Agora você entende como criar uma aplicação web multi-região com AWS. Ao combinar S3, CloudFront e Route 53 para o frontend, e Lambda e API Gateway para o backend, você pode:
- Servir conteúdo mais próximo dos usuários
- Melhorar o desempenho
- Garantir alta disponibilidade
Configurações multi-região são essenciais para negócios globais. Com o uso opcional do CDK, gerenciar essa complexidade torna-se muito mais escalável e sustentável.